sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A Biblioteca

Em 30 de Abril de 1993 foi inaugurada a Biblioteca Municipal de Beja – José Saramago. Graças ao apoio que teve do então Presidente da Câmara, Carreira Marques, um dos autarcas que, a nível regional (e até nacional) mais cedo percebeu a importância da Cultura para os cidadãos, e ao magnífico trabalho do seu primeiro Director (Joaquim Figueira Mestre, prematuramente falecido em Maio de 2009) e de uma equipa de dedicados e competentes profissionais, essa biblioteca tornou-se rapidamente na melhor do País, pelo seu trabalho de divulgação e promoção do livro e da leitura.
Pela Biblioteca de Beja têm passado os melhores e mais conhecidos escritores nacionais, em sessões que esgotam o auditório, e iniciativas como o Dia Mundial do Livro ou as Palavras Andarilhas, tornaram-se referências a nível nacional e até internacional, participando alguns dos melhores especialistas de vários países. Isto, claro, para além de um trabalho de fundo, persistente e continuado, de formação e fidelização de leitores.
Biblioteca Municipal de Beja - José Saramago
E, se não foi difícil conquistar a simpatia, a adesão e até a cumplicidade da população da cidade, o passo seguinte foi o alargamento para as freguesias rurais. Assim, em Albernoa, Beringel, Salvada e Santa Vitória foram abertos pólos que, à excepção de Beringel, mantêm uma actividade contínua, prolongando e completando o trabalho da biblioteca-mãe. 

O pólo de Santa Vitória foi inaugurado em 1 de Junho de 2002, no edifício que já servira de Junta de Freguesia, de Escola e até de sede à associação de columbófilos. 
Foto de 1949. Quando, mais tarde, funcionou como escola, na casa ao lado vivia a professora. Essa casa tinha um enorme quintal onde, uns anos depois foram construídas as casas que formaram a Rua Nova
Tem um fundo próprio de livros e também empréstimo domiciliário (num curioso intercâmbio com Albernoa e Salvada, em que os livros “rodam” pelos três pólos durante períodos certos). Para além disso, dispõe de outros dois serviços bastante procurados por todas as faixas etárias, dos mais jovens aos mais velhos, a leitura de revistas e jornais e os computadores ligados à Internet. A exemplo do que acontece na Biblioteca de Beja, ao longo do ano são também realizadas actividades, como sessões de contos.

Biblioteca (foto do Manuel Rosa)
 Mais recentemente, em 2009, foi criada uma nova valência da Biblioteca de Beja, a Biblioteca Andarilha ( http://bibliotecaandarilha.blogspot.com/ ) que, como o nome indica, se destina a percorrer as localidades do concelho de Beja que não têm pólos. 
Biblioteca Andarilha
Uma das localidades onde se desloca periodicamente é a Mina da Juliana, povoação da nossa freguesia
A Andarilha chega à Mina

Para concluir, uma última palavra para aquela que foi, durante muitos anos, a nossa biblioteca ( não falo, porque já não conheci, da biblioteca da Sociedade, cujos livros se encontravam há uns anos na biblioteca do então Liceu de Beja). Trata-se da  antiga Biblioteca Itinerante nº 18, da Fundação Calouste Gulbenkian, que tinha sede em Cuba e que mensalmente vinha a Santa Vitória ( estacionando junto à antiga fábrica de moagem ) trazer os livros que levávamos para casa. Juntamente com o cinema ambulante na Casa do Povo e os "bonecos na praça" ( o circo ambulante ) era um dos momentos de festa para a nossa aldeia e um dos raros momentos de divulgação cultural, avidamente consumidos por todos, novos e velhos. Figura inolvidável desses tempos foi o senhor Alberto Veríssimo que, com as suas brincadeiras, nos habituou a gostar dos livros.
Não é na nossa aldeia, mas lembra-nos esses momentos mágicos



1 comentário:

  1. Já tinha visitado este blog..vejo aqui imagens de Santa Vitória que me trazem recordações..A igreja onde fui baptizada, as pessoas que conheço que infelizmente já não estão entre nós..(nos jogadorésde futebol antiga equipa anos 53/ conheci o Zé Gil, era uma menina ele um rapaz já e idade bem adulto...quantos rebuçados me dava comprados na mercearia do Sr. Manuel da loja nova..assim era conhecido..
    As ruas a casa do Povo onde ia ao cinema...a D. Maria Amélia Romão, a minha Professora, na escola da Estação ...mas as passagens de classe eram feita na aldeia, ainda fiz da 1ª classe para a segunda, na casa onde funcionava a escola, mais tarde foi a construção da nova escola à entrada da aldeia. Muitas são as doces lembranças que me ligam a esta terra que recordo com saudade..e sempre que posso volto lá..... sempre sempre...

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