O site do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa tem um conjunto interessante de informações, que passo a reproduzir :
"Indicações : Reumatismo
Instalações/ património construído e ambiental :No local do poço do qual era retirada água para banhos, no sopé da colina do Monte da Vinha, encontra-se actualmente uma enorme seara, onde não conseguimos distinguir o poço. No fundo deste poço encontrava-se uma galeria com 57,8 m de comprido.
As construções do monte também se encontram em avançada ruína.
As construções do monte também se encontram em avançada ruína.
Historial : Era sobretudo utilizada para banhos. Os aquistas acampavam em redor do poço e no montado anexo, trazendo as banheiras e tinas de casa, e aqueciam a água em caldeiras. Mas segundo informação da proprietária do café da localidade, há já mais de 50 anos que se deixou de utilizar esta nascente, e os próprios moradores de Santa Vitória têm dificuldade em localizá-la.
Província hidromineral : A / Bacia hidrográfica do Rio Sado
Zona geológica : Bacia Terciária do Sado
Fundo geológico (factor geo.) : Rochas sedimentares
Dureza águas subterrâneas : 200 e 400 CaCO3 mg/l"
Para aceder ao site, clicar aqui
Foto actual |
O nosso conterrâneo António Dias, que editou há alguns anos um livro com poemas da sua autoria (de que falarei um dia destes), dedicou um a este tema.
Os Banhos do 29
A Ivone fez o pedido Este poema sem valorOs Banhos do 29
Eu achei divertido É feito com muito amor
À praia do 29 fazer um poema E também muita paixão
Aceitei o seu pedido, Poema que vou escrever
Por ter algum sentido É para à Ivone oferecer
Fazer versos a este tema Com muita satisfação
Não sei porque acabou Foi junto a um barranco
Nem como começou Que se criou entretanto
Uma praia que me comove Os banhos que se não tinha,
A praia de que vou falar Houve muita felicidade
É apenas para recordar E muita festividade
Os banhos do 29 Junto ao Monte da Vinha
Era um divertimento Já com a água quente
E grande contentamento Lá ia toda a gente
Dormirmos ao luar No bidão banho tomar
Podíamos contar as estrelas Tudo isto se fazia
Era um encanto vê-las Com pompa e alegria
Quando nos íamos deitar Dava gosto na praia andar
A praia não tinha areia Estou a recuar no tempo
Mas também não era feia Como se estivesse vivendo
Aos olhos de qualquer pobre, O tempo que já passou,
Foi na minha meninice Apesar de pequenino
Estou a citar como disse Eu também tomei banhinho
Os banhos do 29 Como todo o pobre tomou
Com seus vestidos de chita Era uma alegria
As moças muito bonitas Quer fosse de noite ou dia
Para o 29 elas iam Faziam-se os bailaricos,
À festa para passear Quando o baile começava
E no 29 a pensar O moço com moça bailava
Elas quase não dormiam Começavam os namoricos
A água do Monte da Vinha Era água abençoada
A virtude que ela tinha Toda a doença tratava
Era a de curar as dores, Com grande perfeição,
Tratava bicos de papagaio e rins Dores de cabeça e tontura
Tratava de doença sem fim Mesmo que não tivesse cura
E tratava as dores aos amores Tratava do coração
Olá Zé Filipe,fui embalada ao som das histórias do dia 29 de Agosto, a minha avó sofreu a vida toda de reumático, todos os anos acampava uma semana no monte da Vinha para fazer tratamentos que, dizia ela, resultavam. Até existe um "dito" regional que diz: "é como a água do monte da Vinha por onde passa mata tudo" não sei se conhece?
ResponderEliminarNão, Ana, não conhecia.
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