Aqui há uns dias, o nosso conterrâneo Arthur Victoria, enviou do Brasil o seguinte pedido : José Filipe, terias como nos contar um pouco da história e localização da Aldeia que deu nome a nossa família?
Relativamente à localização, os elementos que lhe enviei, penso que serão suficientes para localizar a nossa aldeia.
Quanto à história, este pedido vem de encontro à minha intenção de publicar neste espaço pequenos apontamentos sobre Santa Vitória, o que faço hoje, pela primeira vez.
Quanto à história, este pedido vem de encontro à minha intenção de publicar neste espaço pequenos apontamentos sobre Santa Vitória, o que faço hoje, pela primeira vez.
Abel Viana.
Há mais de 60 anos que um homem, que se considerava "minhoto de nascimento e alentejano de coração", deve ter passado várias vezes bem perto da "Fonte".
Nascido em Viana do Castelo, no ano de 1896, foi professor primário, percorrendo vários pontos do País, até se estabelecer em Beja, em 1939, aqui vivendo até ao seu falecimento, em 1964. Para além da sua profissão, dedicou-se ainda a várias outras actividades : o jornalismo, o desenho, a etnografia e, sobretudo, a arqueologia.
Entre outras ocupações, foi também Director do Museu Regional Rainha D.Leonor e fundador e principal impulsionador da revista Arquivo de Beja, editada desde 1944, que se tornou numa publicação de referência, a nível nacional, pelos importantes trabalhos aí divulgados, sobretudo na área da arqueologia.
Os 25 anos de Abel Viana em Beja e o seu importante trabalho de preservação da memória e da nossa cultura, ficaram perpetuados com a atribuição do seu nome a uma rua da cidade (a que vai do Arco dos Prazeres para a Praça da República).
Porquê falar, então, de Abel Viana? Porque, a exemplo de muitas outras localidades alentejanas, ele percorreu toda a nossa freguesia , a aldeia, a Mina da Juliana, os montes, os campos, em busca dos vestígios dos povos que por aqui passaram. E é com base nessas viagens, nas investigações que fez e nos artigos que publicou no Arquivo de Beja (alguns em conjunto com outro importante arqueólogo, o Dr. Fernando Nunes Ribeiro), que se conhece um pouco melhor a história da nossa terra.
Por exemplo, num dos seus artigos, ele diz mesmo que "(...) A freguesia de Santa Vitória, no concelho de Beja, não só é rica de cistas de tipo argárico (...) mas também abundante em vestígios da dominação romana (...) - Arquivo de Beja, vol. XII, 1955.
Cista |
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